quarta-feira, janeiro 18

Para mim tanto me faz

As eleições são já no próximo fim de semana, à medida que nos aproximamos as sondagens acusam que o número de indecisos aumenta... pela lógica deveria passar-se o contrário. Mais um sintoma de umas eleições atípicas.

Os canditados alinham-se para a ultima tirada na sua batalha pessoal. O objectivo de Cavaco Silva é ser eleito já na primeira volta, qualquer outra coisa será quase uma derrota. As sondagens não são favoráveis para o senhor Aníbal, efectivamente parece que vai ganhar já na primeira volta, mas a margem está muito pequena, e a diminuir.

Outra batalha é a de Soares e Alegre. Alegre parece que vai sair vencedor, o poeta deve andar a transbordar de satisfação, depois de organizar uma candidatura aparte do partido. Conseguiu elevar os seus votos (pelos menos nas sondagens) acima dos votos no velho márocas. Fica a obvia questão no ar, se os resultados se confirmarem, quais serão as consequências na estruturas do PS, como é que os amiguismos que governam o partido serão afectados por este volte-face?

Por fim, temos o Jerónimo vs Francisco, numa luta territorial pelo espaço à esquerda do PS. É obvio que o BE tem ambições de roubar eleitorado à CDU. Parece que ainda não é nesta eleições que se vão impôr, mas espero que pelo menos estes atritos estejam a servir para insuflar algumas ideias frescas na máquina bolorenta do PCP.

O advogado Garcia Pereira vem em último nas intenções de voto. A percentagem é baixinha, mas até está a subir. Às tantas até há alguem a ouvi-lo, ele é um dos que pode ficar contente, já fez o seu papel.

No próximo fim de semana vamos ver que é o cidadão português tem a dizer, ou se tem a dizer alguma coisa. Eu pessoalmente estou mais à espera de ver os números da abstenção do que qualquer outra coisa. Que sentimento irá despertar esta campanha, a necessidade de ir votar, ou o desinteresse? Há uma comparação gira que dá para fazer este fim de semana, além de eleições vai haver jackpot nos jogos da Santa Casa. Qual será o boletim preferido, o de voto ou os dos milhões?

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