quinta-feira, março 13

Crayon Physics

Uma das coisas sobre as que quero falar aqui, de forma mais alargada, são as interfaces homem-máquina. É um campo onde há bastante caminho para percorrer, apesar da tremenda evolução dos sistemas de computação pessoal nos últimos anos neste campo não se avançou quase nada. Hoje me dia continuamos a seguir os memos paradigmas e ferramentas de interacção que foram introduzidas à mais de 20 anos. Mas há muitos cenários de ficção cientifica que estão à beira de ser possíveis. Usar um rato e o teclado não é a forma natural de um humano se exprimir, nós exprimimos-nos com gestos, com desenhos, com símbolos, com a voz.

A forma mais fácil de interagir com um computador é quando nem sequer nos damos conta que estamos a lidar com um computador. E um bom exemplo disso é o jogo que vos apresento hoje. Crayon Physics ganhou o IGF (Independent Games Festival) deste ano. O objectivo do jogo é simples, resolver pequenos puzzles que envolvem as propriedades físicas dos objectos. Concretamente, conseguir uma bolinha vá rodando até um ponto objectivo, superando os obstáculos e os espaços vazios. A novidade, e a parte genial, é que se podem adicionar objectos no mundo virtual do jogo simplesmente desenhando-os. Estes objectos assumem as propriedades físicas correctas e comportam-se como seria de esperar. O estilo visual do jogo, basicamente um desenho a lápis de cera faz-nos ficar nostálgicos e maravilhados ao mesmo tempo. O autor está a trabalhar numa versão melhorada, entretanto é possível descarregar e instalar a versão original, que não está tão polida.

Para aguçar a curiosidade deixo um vídeo para que apreciem o aspecto do jogo. Foi criado pelo próprio autor do jogo, utilizando um tablet PC como forma de interagir com o ecrã. Eu acho que o resultado é fantástico.

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